segunda-feira, 8 de março de 2010

o tocante ego da bienal francesa

Hoje, a arte atravessa fronteiras que nem Luis Buñuel imaginaria atravessar, e nem nenhum outro vanguardista ou neorealista o poderia.
Descobri isso hoje na minha rotineira corrida no estacionamento do meu condomínio.
Na companhia de um amigo que mora no mesmo bloco que o meu, estávamos conversando sobre a falta de reconhecimento da atriz que visceralmente encarnou uma lunática no incrível "requiem para um sonho" enquanto alongávamos as pernas no chão.

Quando começamos a andar ao redor do estacionamento retangular, após enfrentar uma chuva, correr no estilo treino rambo, desconfiar de ataques cardíacos e esconder o relógio no compartimento de gasolina do carro para não molhar com o temporal, chegamos a um questionamento:

O que realmente é ou define a arte?

Para a bienal da França isso é pergunta de maternal. Eles atingiram num nível de arrogância surpreendente, após acharem estar sobre o auge do esclarecimento do que é arte contemporânea.

Para provar isso, construiram uma maquina extensa que havia um compartimento onde era possível colocar alimentos de um lado e no outro lado, a maquina simplesmente, num toque de mágica, defecava. Sim, DEFECAVA.
E o pior de tudo isso é que realmente existe a maquina e esta está em exposição para todos os olfatos do mundo sentirem.

Mais uma vez a exposição prova que a arte está evoluindo e as grandes conquistas humanas estão cada vez mais extraordinárias. Só resta saber como meu amigo acaba sabendo dessas coisas curiosas e pra onde vai os nutrientes dos alimentos ingeridos pela maquina inovadora.

*corrida/caminhada realizada das 16:12 às 18:10.

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